Como prevenir o roubo de carga

Estadão

Medidas simples podem dificultar a ação de ladrões na estrada e garantir sua segurança.

Nos últimos dez anos, o número de roubo de carga dobrou no Brasil: de 12 mil para cerca de 25 mil casos ao longo de um ano. Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de 2016, chegou à assustadora conclusão de que a cada 23 minutos um caminhão é roubado no país.

Boa parte das ocorrências pode ser evitada se o caminhoneiro tomar alguns cuidados. A principal orientação é seguir um plano de viagem, um rotograma. “Antes de sair ele precisa saber muito bem quais os trajetos e, principalmente, onde ele vai parar para dormir. É nas paradas que a maioria dos roubos acontece”, diz Darcio Centoducato, diretor de gestão de riscos da Pamcary, empresa de gestão de riscos e seguros.

Com um bom planejamento, você evita lugares perigosos e não se expõe a riscos desnecessários. Além disso, quando o caminhão é monitorado, qualquer desvio da rota é um sinal para a central de que algo está errado.

Outra dica importante é não dar detalhes da viagem a desconhecidos, como o tipo de carga que você está transportando, se você tem ou não escolta, se o caminhão tem rastreador e qual caminho você pretende fazer. “Se o caminhoneiro revelar isso ele pode se colocar numa posição vulnerável e atrativa para um ataque”, diz Centoducato.

Abaixo, listamos alguns conselhos fundamentais dados pelo especialista para se proteger na estrada antes, durante e ao entregar a carga:

Antes de pegar a estrada:

  • Apresente-se no local do carregamento com o veículo abastecido.
  • Nunca comente o tipo e o valor da carga com ninguém, nem a rota que você vai seguir.
  • Evite parar em pontos de risco. Áreas metropolitanas costumam ser mais perigosas. A Pamcary recomenda evitar paradas a 200 km da cidade de São Paulo, a 150 km do Rio de Janeiro e a 100 km das demais capitais.
  • Conheça bem o plano de viagem (ou rotograma): trajeto e pontos de parada obrigatórios (lugares de pernoite, de refeição e de abastecimento).
  • Caso não tenha definido os postos de parada, dê preferência a lugares bem iluminados, com área de estacionamento e postos com bandeira.
  • Certifique-se de que o rastreador e seus sensores estão funcionando para que a central de monitoramento possa acompanhar a viagem e ajudar, caso seja necessário.
  • Procure rodar entre 6 h e 22 h. Em locais de risco, como São Paulo e Rio de Janeiro, no máximo até às 18 h.
    Se possível, viaje em comboio.
  • Certifique-se de que o cliente vai receber as mercadorias no horário combinado.

 

Na estrada:

  • Fique atento a veículos suspeitos.
  • Reporte à central qualquer situação de risco.
  • Se estiver sendo seguido, não tenha medo de apertar o botão de pânico. A central não vai bloqueá-lo, mas saberá que você precisa de ajuda.
  • Não dê carona. Se alguém precisar de ajuda, avise a polícia ou a central de monitoramento.
  • Não pare em lugares desertos ou no acostamento para bater pneu. Procure um local seguro, de preferência perto de um posto policial.
  • Nunca fique numa situação em que o rastreador perca o sinal com a central, debaixo de marquises, por exemplo.

 

Na chegada ao destino:

  • Pare o veículo numa área segura.
  • Não aguarde dentro do caminhão parado.
  • Ao sair e retornar ao veículo, observe atitudes suspeitas no entorno.
  • Enquanto estiver parado para descarregar, solicite que a central bloqueie o veículo.

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